Com o crescimento das cidades, muito mais crianças vivem em ambiente altamente urbanizados, e com o avanço da tecnologia e rotinas agitadas dos pais ou responsáveis, as atividades de lazer das crianças mudaram de brincadeiras ativas ao ar livre e baseadas na natureza para atividades passivas, como jogos e vídeos no celular ou computador, em ambientes fechados.
Essa mudança de hábitos teve impactos negativos na linguagem e no desenvolvimento cognitivo das crianças e foi até mesmo associada à baixa autoconfiança.
Por terem tão pouco contato com ambientes naturais acaba por acontecer um ‘déficit da natureza’ e a ‘desconexão criança-natureza’, que é de grande importância por seus amplos benefícios à saúde.
Um estudo realizado entre pais de crianças em idade pré-escolar revelou que crianças que são mais expostas à natureza tem melhor qualidade do sono, sentem menos estresse e desenvolvem habilidades cognitivas superiores em por exemplo: capacidade de atenção, memória, capacidade intelectual e resolução de problemas e criatividade.
Conduzido por especialistas das Universidades de Hong Kong e Auckland, na Austrália, a investigação foi realizada com 493 famílias, com filhos entre 2 e 5 anos, que participaram por meio de questionários específicos.
A pesquisa mostrou que crianças que têm mais contato com a natureza são menos hiperativas, e também tem mais facilidade para lidar com as emoções, tornando-se mais calmas e com menos dificuldades de relacionamento com seus colegas.
Os resultados do estudo também indicou que essas crianças criam um vínculo com o ambiente natural, assumindo uma maior responsabilidade e consciência em relação aos cuidados com a natureza que progride desde a infância até a idade adulta.
Além da importância da exposição aos ambientes naturais e seus benefícios para a saúde física e mental, muitos programas ambientais em todo o mundo, esperam (re) conectar as crianças com a natureza.