“Sinto-me excluída por ter 50 anos”: Claudia Raia culpa o machismo por preferirem mulheres sempre jovens

 

O processo de envelhecimento deve ser encarado com naturalidade, pois todos nós passamos ou iremos passar. Ninguém deve julgar ninguém pelas mudanças que são inevitáveis para qualquer ser vivo. No entanto, principalmente para as mulheres, a atitude das pessoas pode ser bem cruel.

 

A atriz Cláudia Raia, hoje com quase 55 anos, comenta que se sente mais segura do que nunca e não tolera a “exclusão” que acontece em torno das mulheres depois dos 40 anos.

Em uma entrevista, a estrela das novelas brasileiras, quis fazer uma análise aprofundada de tudo o que ela mesma viveu.

“A sociedade acredita que as mulheres na casa dos 40 e 50 anos devem ‘ficar em casa tricotando’, sem direito de existir, para que, aos 80, possam renascer como avós lindas e fofinhas. Sem o direito de se casar novamente, usar a roupa que quiser, usar o cabelo comprido ou mesmo namorar outras pessoas, muitas não concordam que as mulheres tenham a liberdade de recomeçar depois dos 40″, disse Claudia Raia.

Claudia afirma que “para o homem é muito mais conveniente ter a companhia de uma mulher na casa dos vinte anos do que na dos cinquenta”, tudo porque as mulheres mais velhas são mais independentes, autônomas e fazem o que querem da vida.

 

Além disso, a atriz revela as mulheres acima dessa faixa etária sofrem exclusão no mercado de trabalho e também da publicidade. “Meu ginecologista costuma dizer que a atual senhora de 50 anos ainda não está escrita nos livros, que nem os médicos sabem tratá-la”, conta.

 

“As mulheres precisam sempre ser bonitas, cheirar bem, se organizar, ter filhos bem educados, ser jovens e com a pele exuberante”, comentou Cláudia sobre as pressões da sociedade. Sua mensagem é abraçar a idade e não acreditar que a vida acaba depois dos 40. Para ela, ter boa aparência aos 50 anos é mais um estilo de vida do que uma obsessão.

Fonte: UPSOCL

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