O sabor amargo é frequentemente rejeitado pelas pessoas, mas o consumo de alimentos amargos, como os vegetais verdes, faz parte de uma alimentação saudável e nutritiva. E mesmo sabendo disso, muita gente se recusa a comê-los. Para algumas pessoas, o sabor amargo é muito mais forte e insuportável do que o normal, tendo uma percepção diferente no paladar. Há ainda quem não suporte o amargor do chocolate amargo, café ou cerveja.
Ninguém nasceu com preferências alimentares, adorando as batatas fritas e detestando o brócolis.
As seleções são desenvolvidas da maneira em que os alimentos são oferecidos e por meio do hábito de consumí-los. O seu organismo ao se expor repetidamente, vai se adaptando à comida e ao paladar. Com os alimentos amargos não seria diferente. A exposição repetida a um sabor amargo aumenta a aceitação e proporciona aprender a gostar da comida.
Segundo a pesquisa realizada por Ann-Marie Terregrossa da Universidade de Buffalo, nos Estado Unidos, a persistência altera o perfil da proteína da saliva, modificando também o paladar, levando ao prazer de saborear qualquer coisa, desde que exposto repetidamente.
Então é tudo questão de hábito e persistência.
Além dos valores nutricionais dos vegetais, outra pesquisa evidenciou que os indivíduos com sensibilidade ao gosto amargo dos alimentos tem 30% a mais de chances de desenvolver câncer, exatamente por excluírem alguns alimentos que são tão saudáveis.
Mas atenção, é considerar o paladar de cada um, incluindo esses alimentos em preparações que a pessoa já goste, como em sucos por exemplo, permitindo maior palatabilidade e maior aceitação. Ir adaptando aos poucos, para se obter maior aderência à mudança, com maior chance de sucesso, sem tornar o processo uma tortura!
Imagem de Capa: jeniffer Costa no Pexels
