Segundo estudos, isso é uma raridade de acontecer. De acordo com arquivos, essa é apenas a segunda vez que algo do tipo foi registrado.
Um milagre da saúde aconteceu com uma mulher argentina diagnosticada com HIV, o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – a SIDA ou AIDS – sigla em inglês. Após realizar uma série de análises, os médicos constataram que a paciente estava livre do vírus sem utilizar nenhum tratamento ou qualquer tipo de medicamento para lhe auxiliar nesse processo.
Os especialistas acreditam que o sistema imunológico da mulher eliminaram o vírus naturalmente, de acordo com publicação na revista científica American College of Physcians. Foram realizados testes em mais de 1 bilhão de suas células da paciente e nenhum traço do vírus foi encontrado em seu corpo.
Chamada de “Paciente Esperança”, ela é um indicativo de que algumas pessoas podem nascer com uma resistência natural ao HIV. Ou seja, alguns indivíduos podem possuir genes capazes de evitar a infecção por completo, enquanto outros podem até contraí-la para depois eliminá-la ou curar-se efetivamente.
Mas por enquanto, como citado anteriormente, isso é extremamente raro. Os pacientes diagnosticados com HIV necessitam receber a terapia antirretroviral (TARV) durante toda a vida — correndo sérios riscos caso decidam, por conta própria, interromper o tratamento.
Ao que tudo indica, somente 1% das pessoas no mundo nasce com os genes que impedem o HIV de entrar e infectar as células. Caso os cientistas encontrem uma forma de controlar esse processo, esse seria o primeiro passo a ser dado para conseguirmos eliminar ou curar efetivamente o vírus.
Menos de 1% dos paciente que vivem com HIV conseguem controlar a replicação viral abaixo dos limites de detecção sem uso de tratamento. Esses pacientes são chamados de “controladores de elite” ou “supressores de elite” e representam um modelo de cura para o HIV.
Os cientistas buscam uma forma de controlar esse processo, e finalmente encontrar a cura para esse vírus.
“Pode haver um caminho prático a uma cura esterilizante para pessoas que não são capazes de fazer isso por conta própria”, disse Xu Yu, pesquisador responsável pelo estudo, em entrevista à BBC.
“Estamos agora observando a possibilidade de induzir esse tipo de imunidade em pessoas em TARV, por meio da vacinação, com o objetivo de educar seus sistemas imunológicos para serem capazes de controlar o vírus sem a terapia antirretroviral”, concluiu Yu.
O caso de “Esperanza” chamou a atenção da comunidade médica, porque pode oferecer uma nova visão para as terapias imunológicas que existem atualmente. Sendo assim, é possível que o campo científico continue progredindo para finalmente alcançar a cura contra o HIV. Essa é a nossa esperança!
Imagem de Capa: Giovanni Cancemi no Adobe Stock