Na atual pandemia do COVID 19 recomenda-se principalmente o distanciamento social pois acredita-se que a maior forma de transmissão seja a direta, de pessoa a pessoa.
Porém a progressão de contágios continuou a ser rápida mesmo após a quarentena de quase um terço da população mundial. Isso sugere que o vírus permanece infeccioso no ambiente e continue transmitindo a doença.
O vírus pode ser expelido ao ambiente e superfícies através de gotículas em aerossol geradas pela tosse, espirros e mesmo ao falar, mantendo o risco de transmissão da doença de 3 horas a 3 dias, dependendo do tipo de superfície que foi contaminada.
Assim, além do distanciamento, é preciso utilizar máscara para conter essas gotículas mas também se atentar ao que se toca, realizar higienização dos produtos que entram em casa vindos de outros locais e higienizar as mãos antes de tocar outros objetos ou o rosto, para evitar contrair ou transmitir o vírus por contato em coisas contaminadas.
Foi pesquisado se alterações na umidade relativa e temperatura ambiente têm efeito sobre a sobrevivência do vírus, porém relatou-se que há pouca influência, com exceção dos raios ultravioletas.
Esse estudo publicado na revista Photochemistry and Photobiology teve como objetivo verificar a ação da radiação ultravioleta da luz solar sobre esse agente viral.
Foi constatado que a SARS-CoV-2 é três vezes mais sensível à radiação UV do sol do que a influenza A, que é um vírus da gripe.
Mais de 90% do vírus são desativados após serem expostos por 11 a 34 minutos de luz solar do meio-dia na maioria das cidades do mundo durante o verão.
Nos locais que se encontram no inverno, o vírus continua a ser infeccioso por um dia ou mais. A luz solar pode ter aproximadamente 50% da eficácia virucida causada pela radiação solar mesmo na sombra ou em dias parcialmente nublados.
Talvez forçar as pessoas a permanecerem em ambientes fechados pode aumentar o contágio de COVID-19 entre os mesmos moradores de uma casa, especialmente quando são assintomáticos.
Visto desta forma, pessoas saudáveis deveriam estar ao ar livre recebendo luz solar, principalmente nos países tropicais que tem incidência solar maior.
Esta investigação foi também publicada no site da própria Organização Mundial de Saúde.
Imagem de Capa: Andrea Piacquadio no Pexels