Muita gente se sente incomodado com as flatulências, mais conhecida como gases. Nosso organismo produz gases constantemente que são eliminados naturalmente, cerca de 20 vezes por dia. Na maioria das vezes não possuem o cheiro muito forte, mas quando há um aumento na frequência, o cheiro está muito mais intenso durante vários dias seguidos, você sente a barriga distendida, com desconforto, e até mesmo o intestino preso, deve-se se atentar ao que possa estar acontecendo com a sua saúde intestinal.
Mas como adquirimos e acumulamos esses gases? O ar é um tipo de gás que pode ser engolido junto com os alimentos enquanto mastigamos, mas grande parte desse ar que foi pro estômago é arrotado (eructação) e somente uma pequena parte segue o trato gastrointestinal. Então grande parte dos gases produzidos serão provenientes dos alimentos consumidos ou por consequências de alguns hábitos que acabam causando ou piorando esse incômodo.
na maioria dos casos, o excesso de gases não indica nenhuma doença
Essa formação de gases ocorre no intestino, através da fermentação bacteriana de alimentos que contém fibras, de leguminosas, por excesso de carboidratos ou proteínas, bebidas gasosas, chicletes e hortícolas. Mas, isso não é motivo de preocupação, é um processo natural que varia de pessoa para pessoa e na maioria dos casos, o excesso de gases não indica nenhuma doença, mesmo que possuam odor fétido.
Já há os casos que podem mesmo comprometer a digestão e absorção, como a intolerâncias à lactose, doença celíaca, sensibilidade ao glúten, síndrome do intestino irritável, desequilíbrio da microbiota intestinal, alterações no processo digestivo que pode ser por baixa produção de ácido clorídrico, diminuição de enzimas digestivas e bile.
Alguns dos alimentos muito associados à produção excessiva de gases são repolhos, couve-de-bruxelas, couve-flor, aspargos, leguminosas (ervilhas, favas, grão-de-bico, feijões, lentilhas), frutas, produtos com adoçantes artificiais, trigo, milho, cevada, leite e derivados lácteos. E alguns desses alimentos ao se decomporem produzem gases com enxofre atribuindo o odor mais fétido.
E por mais estranho que pareça, é muito natural e inúmeros alimentos saudáveis estão repletos de enxofre, tais quais como os feijões, ovos, couve-flor e o brócolis, apenas para citar alguns. Mas, atenção! Isso não é motivo de exclusão pois são alimentos com nutrientes indispensáveis. Se causar um incômodo muito grande, você pode ter cautela de não associar muitos desses ingredientes numa mesma refeição ou diminuir seu consumo.
Uma dica ótima que poderá ajudar a digerir melhor os feijões, grão-de-bico e lentilhas, é deixá-los de molho durante a noite e trocar a água, antes de cozinhá-los.
As pessoas que sofrem com o intestino preso geralmente queixam-se de dor e distensão abdominal, e isso ocorre não somente pelo acúmulo de fezes, mas também porque o bolo fecal ressecado bloqueia a passagem dos gases. Algumas das causas dessa prisão de ventre é o excesso de fibras ou pouca água, ou as duas situações associadas.
Um maior consumo de fibras na dieta favorece o trânsito intestinal, mas é extremamente necessário ingerir água na quantidade ideal, evitando que retarde a digestão desses alimentos, provocando mais tempo no processo de fermentação, causando maior formação de gases.
• Coma devagar, mastigando bem os alimentos;
• Mastigue sempre com a boca fechada e evite falar enquanto não engole toda a comida;
• Beba bastante água, mais ainda se praticar atividade física;
• Caminhar uns 10 minutos após as refeições;
• Evitar bebidas gaseificadas;
• Evitar mascar chicletes;
• Ajustar sua alimentação, evitando consumir em excesso os alimentos que para você são mais difíceis de digerir ou procure orientação de um profissional;
• Consumir chás que são benéficos para essa situação.
Felizmente podemos recorrer à natureza, utilizando de plantas na preparação de chás (infusões) que são digestivas e reduzem os gases, algumas delas são:
Erva Doce;
Camomila;
Alecrim;
Hortelã;
Gengibre; e
Funcho.
A saúde do seu intestino deve ser observada e é importante notar quando e com que frequência ocorrem os gases, e as alterações, podem ser diagnosticadas por um gastroenterologista e tratadas através de adequações na sua alimentação, acompanhados por uma nutricionista. Procure sempre um profissional de sua confiança para te ajudar adequadamente!
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