Pescadores filipinos, enquanto trabalhavam, encontraram um iate à deriva no mar das Filipinas, a 60 milhas da costa da cidade de Barobo, na província de Surigeo del Sur.
Dentro dele descobriram o corpo mumificado do marinheiro alemão Manfred Fritz Bajorat, 59 anos, que ainda estava sentado à mesa ao lado do rádio no iate de 12 metros, tombado sobre o braço direito “como se estivesse dormindo”.
Os investigadores acreditam que ele morreu de ataque cardíaco ou derrame e manteve-se preservado no ar quente e salgado do oceano.
A polícia identificou o marinheiro Bajorat, a partir de fotos, cartas e outros documentos espalhados pela cabine do iate. O navio, que estava com o mastro quebrado e parcialmente cheio de água, foi rebocado para Barobo para uma investigação.
O investigador subchefe de polícia da cidade de Barobo, disse que embora a causa da morte de Bajorat não seja clara, não há sinais de crime.
As condições climáticas teriam secado rapidamente o corpo por fora, transformando a pele em uma barreira protetora de couro contra bactérias e insetos. Mas sob a gordura e os músculos, as bactérias no intestino podem ter começado a decompor o corpo por dentro.
“O ar, o calor e o sal do mar são muito propícios à mumificação”, disse Peter Vanezis, professor de patologia forense em Barts e na London School of Medicine and Dentistry.
Uma semana após a morte, a pele pode ficar amarela, dura e coriácea, com a mumificação completa ocorrendo após várias semanas, disse Frank Wehner, patologista forense da Universidade de Tübingen. Acredita-se que a leve camada de cinza que cobre o corpo mumificado seja mofo.
Como não poderia ser diferente, esta descoberta assustadora foi notícia no mundo inteiro, e muitas pessoas se perguntaram o homem estava fazendo sozinho no oceano.
E parte dos questionamentos foi respondida por uma carta que Manfred deixou para trás: “Durante trinta anos, nós estivemos no mesmo caminho. Então o poder dos demônios foi mais forte que o desejo de viver. Você se foi. Que a sua alma encontre paz. Do seu Manfred”.
A ex-mulher de Manfred havia morrido de câncer em 2010, e ele, marinheiro experiente, possivelmente passou seus últimos anos lamentando a dissolução da sua família. De acordo com sua filha Nina, que foi até as Filipinas para reconhecer o corpo do pai, ele havia se separado da esposa em 2008, e vivia há alguns anos no mar.
Fonte: Daily Mail