A amamentação tem inúmeros benefícios para a sobrevivência, desenvolvimento e defesas naturais da criança com o qual reduz a morbidade e mortalidade por doenças infecciosas. Além de gerar vínculo mãe e filho que nenhuma pessoa no mundo poderá ser presenteada dessa forma.
O que não basta ser bom, pode ser até melhor! Um estudo mostrou que a amamentação prolongada pode influenciar no quociente de inteligência (QI), nos anos de escolaridade e melhores rendimentos ao chegar na idade adulta.
A investigação, publicada no The Lancet, teve informações sobre a amamentação de 3.493 participantes brasileiros e após 30 anos analisou a pontuação do QI, o nível de escolaridade e a renda dos participantes.
Nas análises, a duração da amamentação exclusiva e da amamentação predominante (amamentação como principal forma de nutrição com associação de alguns outros alimentos) relacionou positivamente ao QI, ao nível de escolaridade e à renda.
Os pesquisadores identificaram que a duração da amamentação influencia sim no QI e no nível de escolaridade. Os resultados mostraram que os participantes que foram amamentados por 12 meses ou mais tiveram pontuações de QI mais altas, mais anos de educação e rendas mensais mais altas do que aqueles que foram amamentadas por menos de 1 mês, mostrando:
• Quatro pontos a mais no nível de QI (cerca de 30% acima da média);
• 0,9 ano a mais de escolaridade (cerca de 25% acima da média);
• Renda mensal R$ 341 superior (cerca de 30% acima da média).
A amamentação está associada à melhora do desempenho em testes de inteligência e pode ter um efeito importante na vida real, aumentando a escolaridade e a renda na idade adulta.
Um possível mecanismo biológico para esse efeito é a presença de ácidos graxos saturados de cadeia longa no leite materno, essenciais para o desenvolvimento do cérebro.
Os resultados sugerem que a amamentação não apenas melhora a inteligência até a idade adulta, mas também tem um efeito positivo em nível individual e social, aumentando o nível de escolaridade e a capacidade de ganho.
Atualmente, a OMS e a Unicef recomendam leite materno exclusivo para bebês até os seis meses, sem incluir necessidade de incluir nenhum outro tipo de líquido ou alimento. A partir dessa idade, é recomendado a amamentação como alimento prioritário junto à ingestão de uma dieta balanceada baseada em alimentos nutritivos e naturais como frutas, verduras, legumes e carnes.
Imagem de Capa: Prostooleh no Freepik