A comida japonesa possui diversos ingredientes muito nutritivos para o corpo, com inúmeros benefícios para saúde, provenientes principalmente dos peixes e dos hortícolas, mas essa culinária pode oferecer algumas armadilhas, com o excesso de arroz, sódio, frituras e até mesmo de açúcar.
Todos sabemos, o elemento principal é o peixe. E se destacam principalmente o salmão e o atum que são fontes de ômega 3, que é um tipo de gordura pollinsaturada que possui ação anti-inflamatória, melhora o sistema imunológico e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.
Nos hortícolas, está sempre muito presente o pepino, o broto de feijão, as verduras e frutas como o abacate e a manga, acrescentando fibras, nutrientes e cor à refeição. Pensando somente nesses aspectos, muita gente pensa que a comida japonesa é MAIS saudável, mas é preciso muito cuidado com os rodízios, pois muitas das vezes exageramos na quantidade consumida por nos permitir “comer à vontade”.
Ou até mesmo ficar horas sem alimentar-se, para sentir mais fome e acabar comendo compulsivamente, muito além do necessário, podendo causar desconfortos gástricos como enjoos e refluxo, dores de cabeça e complicações no sono. Como em toda e qualquer situação, é preciso equilíbrio e bom senso nas escolhas.
é importante ter conhecimento dos alimentos que se consome para poder desfrutar da maneira mas saudável possível, sem cair em armadilhas
Várias das preparações levam arroz, chamado gohan, que frequentemente é preparado com açúcar, e compõe os hossomakis, uramakis, niguiris e temakis e acabamos consumindo porções de arroz muito maior do que o habitual. Algumas outras receitas também contém açúcar, como a salada de pepino sunomono, e também o molho tarê ou teriyaki. As pessoas que fazem controle de glicemia ou desejam perder peso, devem ter cuidado quanto ao excesso desses preparos.
Já as opções roll, tempurá, guioza, rolinho primavera e tepan são muito saborosos, mas são fritos, por isso, ricos em gorduras saturadas, que em demasia é fator de risco para o aumento do colesterol ruim. Há ainda as versões com cream cheese e maionese, também fontes de gordura saturada. Esses itens devem ser consumidos com moderação. Que tal escolher só alguns itens dos seus favoritos?
Outro perigo é o molho shoyu, que é um molho a base de soja rico em sódio, que em excesso pode causar hipertensão arterial e retenção de líquidos. Já sentiu muita sede após se deliciar num restaurante japonês? Se sim, foi o exagero do shoyu. O ideal é só tocar uma parte do sushi no molho, evitando mergulhar e absorver grande quantidade de sódio.
O molho shoyu light geralmente tem metade da quantidade de sódio da versão tradicional, em torno de 500 mg por colher de sopa, ainda possuindo um valor alto. Em uma única refeição é possível consumir quase a recomendação diária de sódio, que é de 2000 mg ao dia, só por causa do molho.
Aproveite e explore os outros temperos oferecidos, como por exemplo o gengibre, o wasabi ou mesmo o limão
O rodízio de comida, seja ela qual for, é sempre uma tentação, pela variedade e disposição das opções. Tente sempre comer com calma, mastigando bem os alimentos, assim se evita comer excessivamente. No restaurante japonês, o uso dos hashis, os famosos pauzinhos, acabam por fazer você comer mais devagar, favorecendo sua saúde e seu bem-estar.
Imagem de Capa: Diego Pontes no Pexels